tag:blogger.com,1999:blog-10249961810354510112024-03-08T14:33:59.181-08:00Adulteração do LeiteIdentidade, Qualidade e Rotulagem sob o Olhar da Saúde Pública.Blog LabConsShttp://www.blogger.com/profile/14239732660289649150noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-10791569921657950062013-05-17T09:31:00.002-07:002013-05-17T09:31:24.000-07:00Ministério da Agricultura interdita 3 postos de refrigeração de leite no RS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;">Operação contra fraude em leite prendeu 8 pessoas nesta quarta (8).
Segundo representante do Ministério, lotes já foram recolhidos. </span></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"> </span></b><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dz-p6TDV1mVMNB6caaaQemFKjkDFyLtEkvjbdenB2VxoIN_EBCR2TA9JCiAVARfu-JZZkxX9Ohf2FETYfVwyQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
<h2 style="-webkit-text-size-adjust: auto; -webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; color: #929292; font-family: arial, helvetica, freesans, sans-serif; font-size: 1.5em; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.2em; margin: 0px; orphans: auto; outline: 0px; padding: 0.3em 0px 0px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: auto; word-spacing: 0px;">
</h2>
<b style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;"><span style="font-size: small;"></span></b><br />
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">O Ministério Público do<span class="Apple-converted-space"> </span>Rio Grande do Sul<span class="Apple-converted-space"> </span>desencadeou na manhã desta quarta-feira (8) a Operação Leite Compensado, que investiga a adulteração de leite no estado. De acordo com a investigação, os fraudadores misturavam água e ureia ao produto para aumentar o rendimento.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<a name='more'></a><span style="font-size: small;">Oito pessoas foram presas em três regiões do estado. Segundo o MP, cinco empresas de transporte de leite adulteraram o produto cru entregue para a indústria. A força-tarefa também reuniu integrantes do Ministério da Agricultura, da Receita Estadual, além de policiais civis e militares.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">Além das prisões, três postos de refrigeração de leite foram interditados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O MP interditou uma empresa de laticínios em Estrela, no Vale do Taquari. De acordo com a investigação, os suspeitos compraram 98 toneladas de ureia, quantidade suficiente para adulterar 100 milhões de litros de leite em um ano.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">Segundo o Ministério, a interdição dos postos de refrigeração ocorreu porque não conseguiram impedir a fraude na matéria-prima. Os locais ficarão fechados até que as análises dos produtos recolhidos sejam concluídas. Os estabelecimentos interditados ficam em<span class="Apple-converted-space"> </span>Guaporé,<span class="Apple-converted-space"> </span>Crissiumal<span class="Apple-converted-space"> </span>e<span class="Apple-converted-space"> </span>Selbach<span class="Apple-converted-space"> </span>.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">"Os estabelecimentos terão de apresentar alteração no controle de qualidade", disse ao<span class="Apple-converted-space"> </span><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">G1</b><span class="Apple-converted-space"> </span>a diretora da Divisão de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura no estado, Ana Stepan.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">Segundo a diretora, as fiscalizações são periódicas, e os produtos disponíveis nos supermercados podem ser consumidos. "Os lotes que apresentaram problemas foram recolhidos, e as últimas evidências que temos, de abril, é que não houve mais problema. Continuamos com coletas diariamente", reforçou.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">O Ministério Público e o Departamento de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul interditaram, também pela manhã, a empresa Latvida, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV (veja o vídeo). De acordo com o MP, a Latvida foi proibida de comercializar qualquer tipo de produto. Fiscais da Inspetoria Veterinária estiveram na sede em Estrela, no Vale do Taquari, para autuar a empresa. Já a empresa, por meio de sua assessoria de comunicação, negou a interdição e alegou que está operando normalmente.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Adulteração era feita com água de poço</b></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Em Ibirubá, no Noroeste, a água adicionada ao leite vinha de um poço artesiano e nem sequer era tratada. Do galpão, o produto seguia para os postos de resfriamento. A movimentação nos sítios onde a fraude acontecia era maior à noite, quando caminhões deixavam os locais discretamente, acompanhados de batedores.</span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">No mesmo local onde são criados porcos, funcionava um galpão onde a água e a ureia eram misturados ao leite. A mercadoria era posteriormente armazenada em caminhões sem refrigeração. O ambiente é sujo, de chão batido, e sem higiene. A ureia era acrescentada ao líquido em forma de pó e contém formol, uma substância considerada cancerígena pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">Após a descoberta do esquema, o Ministério da Agricultura determinou o recolhimento de lotes de quatro marcas nas prateleiras dos supermercados: Latvida, Italac, Líder e Mumu (veja lista abaixo).</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Fiscalização detectou alterações</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />O Ministério da Agricultura emitiu nota técnica para explicar como foi detectada a fraude. De acordo com o Ministério, desde 2007, há fiscalização periódica por parte do Serviço de Inspeção Federal (SIF) para atestar a qualidade do produto. A partir de junho de 2012, o SIF começou a detectar a presença de formaldeído nas amostas de leite cru em alguns postos de refrigeração no estado.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">No início deste ano, o laboratório do Mapa em Pedro Leopoldo (MG) confirmou a presença da substância em seis lotes da marca Italac pertencente à Goias Minas, em<span class="Apple-converted-space"> </span>Passo Fundo. A partir deste resultado, foram coletadas amostras de todos os leites UHT produzidos no Rio Grande do Sul. Foi encontrada adulteração em lotes das marcas Líder e Mumu.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">As investigações apontam para adição de ureia agrícola no leite cru, com o formaldeído acrescido por fazer parte da composição do produto. A adulteração tinha como objetivo aumentar o volume com água e tentar manter os padrões do leite. A Superintendência Federal de Agricultura no RS concluiu que a fraude não ocorria nas indústrias, mas nos transportadores, que só podem ser fiscalizados quando estão nas indústrias ou nos postos de resfriamento de leite.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">De acordo com a nota, alguns transportadores atuam de forma independente e negociam o volume e o preço do leite entre os produtores e as indústrias. A remuneração ocorre por volume e não por quilômetro rodado. A investigação mostra que as indústrias não sabiam da fraude. No entanto, segundo o MP, teriam falhado ao não detectar o esquema no controle de qualidade.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">A orientação dos promotores é que os consumidores deixem de beber o leite de lotes específicos de fabricação. O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindlat) emitiu nota em que condena a adulteração e relata que acompanha a investigação desde o início. "Todos os lotes identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor. Os estoques disponíveis no varejo estão aptos para o consumo humano", afirma a nota.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">O que dizem as empresas</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" /><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">O que diz a Mu-Mu</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Em nota, a empresa afirmou que "atende a todos os requisitos e protocolos de testes de matéria prima exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento". No texto constam outros esclarecimentos: "A investigação do Ministério Público está concentrada no transporte entre o produtor leiteiro e os postos de resfriamento, onde o produto fica armazenado antes da entrada em nossa fábrica. A empresa permanece à disposição do MP e MAPA, no que for solicitado". A Mu-Mu também informa aos consumidores que tenham produtos do lote citado ou que tenham dúvidas entrem em contato com o SAC, pelo número 0800 51 7542, de segunda a sexta, das 7h30 às 18h30 e, aos sábados, das 7h30 às 13h30.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">O que diz a Latvida</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Em contato com o<span class="Apple-converted-space"> </span><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">G1</b><span class="Apple-converted-space"> </span>por telefone, a empresa Latvida informou que está operando normalmente. Segundo a assessoria de comunicação, a ação é direcionada exclusivamente aos transportadores do leite no estado. Em relação a esse aspecto, a marca disse que "está sendo eficiente até o momento". A Latvida ainda afirmou que o problema ocorreu no lote 196 do leite UHT desnatado e que todos os outros estão liberados para o consumo. "Estamos vendo essa ação do MP com naturalidade. Nossos laboratórios funcionam 24 horas por dia e temos um laboratório móvel que percorre as regiões dos 1,6 mil produtores que temos no estado", disse o assessor de comunicação da empresa, Paulo Pereira.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">O que diz a Italac</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Em e-mail enviado no início da tarde, a Italac informou que "o problema foi pontual, ocorrido no Rio Grande do Sul, e aconteceu no transporte do leite cru, entre a fazenda e o laticínio, antes de ser industrializado". Ainda segundo a nota, "os lotes identificados com problema foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor. Todo o leite Italac encontra-se em perfeitas condições de consumo com total segurança e qualidade".</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Líder</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />A empresa diz ter retirado do mercado ainda em fevereiro deste ano o lote não recomendado para o consumo, "tão logo a companhia tomou conhecimento da possibilidade de existir um problema de qualidade". A nota diz que cinco transportadoras de leite cru foram descredenciadas e um dos postos de resfriamento no estado foi fechado "por causa da ação de fraudadores". "Além disso, a Líder faz dupla checagem, nos postos de resfriamento e na fábrica, e desde janeiro não detectou nenhuma adulteração no leite destinado à produção. O leite Líder disponível no mercado está apto, portanto, para ser consumido com segurança", diz a empresa.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Confira os lotes não recomendados para consumo pelo Ministério Público<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Leite Líder - UHT Integral</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />SIF 4182 - Fabricação: 17/12/12<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Lote: TAP 1 MB</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Leite Italac - UHT Integral</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Goiás Minas - SIF 1369<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 30/10/12 - Lote: L05 KM3<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 5/11/12 - Lote: L13 KM3<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 7/11/12 - Lote: L18 KM3<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 8/11/12 - Lote: L22 KM4<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 9/11/12 - Lote: L23 KM1</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Leite Italac - UHT semidesnatado</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Goiás Minas - SIF 1369<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 5/11/12 - Lote: L12 KM1</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Leite Mumu - UHT Integral</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Vonpar - SIF 1792<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 18/01/13<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Lote: 3 ARC</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;"><b style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;">Leite Latvida - UHT Desnatado</b><br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />VRS - Latvida - CISPOA 661<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />Fabricação: 16/2/2013 Validade: 16/6/2013<br style="background-color: transparent; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px;" />O MP não divulgou o número do lote</span></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 1.45em; margin: 0px; outline: 0px none; padding: 0px 0px 1.5em; text-align: justify; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;">
<span style="font-size: small;">Fonte:</span><a href="http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/ministerio-da-agricultura-interdita-3-postos-de-refrigeracao-de-leite-no-rs.html">http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/05/ministerio-da-agricultura-interdita-3-postos-de-refrigeracao-de-leite-no-rs.html</a><span style="font-size: small;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
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Blog LabConsShttp://www.blogger.com/profile/14239732660289649150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-37561835728035251432012-08-06T16:23:00.000-07:002012-08-06T16:35:49.419-07:00Leite direto da máquina na Eslovênia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dxDoltFuEv3aDTMRwiK2j5gFYrxRUznHNAytQZ28GTK9FMHfTDro14nSmcP5dVg72owUFinDt_TtrGaO_hEqw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></div>
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Na Eslovênia você pode tomar leite fresco a qualquer hora. Há máquinas pra pessoa comprar o leite puro, natural, como se tivesse sido tirado da vaca na hora. </div>
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“A máquina é legal. Você pode escolher o tamanho da garrafa que você quer. Melhor que tirar leite da vaca. É fresquinho e igual. Coisas da Eslovênia”, comentou Glória Maria. </div>
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<br /></div>
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Para passar o tempo e conseguir algum dinheiro, ela e os vizinhos criaram uma cooperativa. É bem pequena, funciona no fundo de um curral.</div>
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Eles produzem o queijo mais famoso da região.
O queijo de Tôlmin. E ele é feito do mesmo jeito há tanto tempo que ganhou o título de patrimônio da Europa. </div>
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<br /></div>
<br /><br />
Fonte: Globo Repórter.<br />
Disponível em:http://g1.globo.com/globo-reporter/noticia/2012/08/florestas-exuberantes-montanhas-e-belos-rios-surpreendem-na-eslovenia.htmlBlog LabConsShttp://www.blogger.com/profile/14239732660289649150noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-16677043088346060752011-10-08T15:08:00.000-07:002011-10-08T15:12:46.654-07:00Toddynho contaminado<div style="text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dyS6fHQQ_ZuHzmm0TNmRV6M8rM9Xk9-9bJo9s2Z5ah2l9Dy5wBzFHASLtDl6O97kzek5P6vR6uK_p2anZEMqQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe><br /></div><br /><div style="text-align: justify;">Em nota, a Pepsico, que administra a marca Toddynho, disse que identificou o problema e que apenas um lote, o de número 432, foi prejudicado. Segundo a empresa, algumas embalagens foram contaminadas com produto a base de água e líquido detergente.<br /><br />Ela disponibilizou um médico para os consumidores que tiveram contato com o produto e ligaram para o Sac. A fábrica informou que a falha aconteceu durante a limpeza dos equipamentos. O processo é todo automático e pelo menos 80 embalagens saíram da empresa cheias de detergente.<br /><br />Por precaução, o produto foi retirado do mercado, no Rio Grande do Sul, até o fim das investigações. A neta de Geci não apresenta mais os sintomas.<br /></div><br />Fonte:Jornal da Globo. Edição do dia 06/10/2011.<br />Disponível em:<span style="font-size:85%;"><a href="http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/10/criancas-tomam-achocolatado-misturado-com-detergente-no-rs.html">http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/10/criancas-tomam-achocolatado-misturado-com-detergente-no-rs.html</a></span>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-25836980546017601642009-07-16T17:04:00.000-07:002009-07-23T19:21:44.558-07:00Leite longa vida mais caro espanta os consumidoresTV Band - 03/07/09<br /><br />Para acessar o vídeo clique no link abaixo:<br /><br /><a href="http://videos.band.com.br/v_27635_leite_longa_vida_mais_caro_espanta_os_consumidores.htm">http://videos.band.com.br/v_27635_leite_longa_vida_mais_caro_espanta_os_consumidores.htm</a>Rafaela Vieirahttp://www.blogger.com/profile/04409066795200372083noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-28230659131018827002008-08-31T09:30:00.001-07:002008-08-31T21:10:30.399-07:00Adulteração de Leite - Fantástico TV Globo<object width="425" height="350"> <param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pzAns-xe8Vc"> </param> <embed src="http://www.youtube.com/v/pzAns-xe8Vc" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="350"> </embed> </object>Victor Pimentel Diogohttp://www.blogger.com/profile/04379088511225576512noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-78737838862376273142008-08-31T09:28:00.001-07:002008-08-31T09:31:15.401-07:00Adulteração de Leite - Reportagem da TV Gazeta<object width="425" height="350"> <param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_YSfuJ3fmC0"> </param> <embed src="http://www.youtube.com/v/_YSfuJ3fmC0" type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="350"> </embed> </object>Victor Pimentel Diogohttp://www.blogger.com/profile/04379088511225576512noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-51883165116978941812008-08-13T17:18:00.001-07:002008-08-13T17:18:56.971-07:00<div align="center"><h1><font face="Century Gothic, Avant Garde" size=6> <b>Leite Longa-Vida:<br> </font>informe sobre a "urban legend" do número 1 a 5 no fundo da caixinha </b></h1></div> <hr> <font face="Times New Roman CE, Times">Esse alerta que está sendo divulgado pela Internet, acusando a re-pasteurização do leite longa-vida, onde o número 5, no fundo da caixa, indicaria que já foi recolhido e recolocado no mercado, por cinco vezes, não tem fundamento.<br><br> O reprocessamento do leite longa-vida tenderia a escurecer o produto, provocando um tom "caramelizado", como podemos observar, por exemplo, no "doce de leite". Não parece tecnicamente viável reprocessar e tornar a vender como "leite longa-vida". Teria mais lógica, nesse caso, direcionar esse leite para a fabricação de outros produtos, como Bebida Láctea sabor chocolate. E parece que isso é usual quando algum problema é detectado na produção e esta ainda se encontra na "quarentena".<br><br> Já quanto ao número, de 1 a 5, no fundo da caixinha, na orelha inferior do pacote, aquilo é uma impressão do fabricante de embalagens, da Tetrapak, e corresponde ao número da faixa do papel que pode variar de 1a 5, representando a posição da bobina no momento do corte. E´ um dado importante para o controle de qualidade da própria TETRA PAK, da embalagem, e não do leite.<br><br> Tentemos, então, ilustrar como são fabricadas as caixinhas: existe um rolo, ou uma bobina, de embalagem "tetrapak" (camadas de papel, alumínio e plástico). E´ mais ou menos como um rolo de papel higiênico, de papel para FAX ou um rocambole. Essa bobina é colocada na máquina que vai embalar o leite esterilizado (UHT - Ultra High Temperature).<br><br> A bobina é muito larga e a máquina vai fatiar em faixas, para fabricação automatizada das caixinhas. São cortadas cinco fatias longitudinais. As fatias externas, laterais, são numeradas como faixas 1 e 5. A fatia vizinha à faixa 1 é a faixa 2. E vizinha à 5 é a faixa 4. A fatia central recebe o número 3. Todas as 5 faixas têm o mesmo número básico, que corresponde ao número de fabricação da bobina, variando apenas o número da faixa (que é de 1 a 5, em cada bobina).<br><br> Cada faixa deveria ser suficiente para, normalmente, produzir 15 mil caixinhas ou, obviamente, para empacotar aproximadamente 15 mil litros de leite.<br><br> Existem questões muito graves, não essa, para se discutir sobre a qualidade do leite, começando pela presença de resíduos de drogas veterinárias. Mas também o "modelo econômico" do PSDB e do PT que, mediante políticas tributárias, mas também mediante normas sanitárias, inviabilizam as pequenas empresas, as cooperativas e a embalagem em plástico que seria mais compatível com a realidade sócio-econômica brasileira, ao mesmo tempo que provocam desemprego, concentração de renda, evasão de divisas e, conseqüentemente, miséria e desnutrição. Mas, nesse mundo de símbolos e mídia em que vivemos, as mentiras simplificadas têm merecido mais atenção. Tirar esses véus e colocar esses problemas sob a luz do sol é a missão do LabConsS - Laboratório de Consumo & Saúde da UFRJ.<br><br> <br> Luiz Eduardo R. de Carvalho<br> Eng. de Alimentos<br> lercarvalho@infolink.com.br<br><br> <hr> </font><div align="center"><font size=4><b><u>Abaixo, cópia da mensagem que tem sido veiculada na internet<br><br> </u></b></font></div> <img src="http://acd.ufrj.br/consumo/leituras/../caixinhadoleite.JPG" width=669 height=421 alt="Foto caixa de leite"> </u></b><br> <font face="Times New Roman CE, Times" color="#000080"><i>Muita atenção quando forem comprar leite em caixinha! Fiquei sabendo por fontes seguras que, por não serem vendidas até determinado prazo, essas caixinhas voltam para a fábrica para que o leite seja repasteurizado! Isso pode ocorrer por até 5 vezes, o que acaba deixando o leite com um sabor diferente, aumentando a possibilidade dele coalhar e reduzindo significativamente sua qualidade, já que o teor nutricional diminui.<br> Ao voltarem para a venda ao consumidor final, o pequeno número que está marcado na figura acima com o círculo vermelho é alterado. Esse número varia de 1 a 5 e o ideal é comprar até o número 3, acima disso, a qualidade do leite estará bem ruim. Esse pequeno número fica localizado no fundo da caixinha, se você for comprar uma caixa fechada, basta verificar apenas uma embalagem, todas as outras terão a mesma numeração. Por exemplo, se uma embalagem tiver o número 1, significa que é a primeira vez que sai da fábrica e chega ao supermercado para a venda final, já se tiver o número 4, significa que ele já foi repasteuridado 4 vezes e depois retornou para o supermercado para a venda final e assim por diante... Dêem mais atenção, principalmente, quando a oferta for muito boa, geralmente, o supermercado coloca um valor menor para os produtos que já passaram várias vezes por esse processo, os de número 4 e 5. <br> Essas informações são de uma pessoa que já trabalhou na indústria alimentícia e conhece todo esse processo, por isso, não deixem de fazer sempre essa observação!<br> Saúde a todos!<br> </font></i>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-21545145200737484372008-07-20T20:01:00.000-07:002008-07-20T20:06:45.298-07:00Padarias em crise, ANAC em festa - Prof. LE Carvalho<div align="right">Valor Econômico, 11 de dezembro de 2007</div><div align="center"> </div><div align="center"><br /><strong><span style="font-size:180%;">Padarias em crise, Anac em festa</span></strong></div><br /><br /><em>Padarias mudam de perfil, transformando-se em restaurantes a quilo, em restaurantes de "prato feito", ajustando-se às mudanças dos hábitos alimentares e às tendências da vida moderna, porque as mulheres trabalham e todos fazemos refeições fora de casa</em><br /><br /> Padarias mudam de perfil, transformando-se em restaurantes a quilo, em restaurantes de "prato feito", ajustando-se às mudanças dos hábitos alimentares e às tendências da vida moderna, porque as mulheres trabalham e todos fazemos refeições fora de casa. Essa é a notícia e interpretação do telejornal, em meio a notícias sobre a crise do leite adulterado. Mas isso é o ralo senso comum, uma visão superficial e apressada de um fenômeno muito mais complexo.<br /><br />As padarias estão fechando, sim. Ou mudam de perfil. Mas isso tem tudo a ver é com a Anac e a crise dos aeroportos. Tem também tudo a ver com a Anvisa e a crise do leite. Tudo a ver com a ANP e as máfias dos combustíveis. Tudo a ver com os atropelamentos e morte de crianças em cima das calçadas. Tudo a ver com a guerra concorrencial no Complexo do Alemão.<br /><br />O leite resfriado, com embalagens de vidro, hoje disponíveis em feiras de antiguidade, como a de San Telmo, era deixado na porta de casa. Depois, passou a ser vendido em saquinhos plásticos, nas padarias. Havia o leite C, o leite B e, nos tempos dos Delfim´s boys, para fraudar não só o leite, mas principalmente fraudar os índices de inflação, havia o leite 2,3% de gordura, o leite reconstituído, o leite Vivácqua.<br /><br />O pão era comprado nas padarias. E, junto com o pão, se comprava o leite fresco. Aliás, o pão também era entregue em casa, com o padeiro fazendo fon-fon na trombetinha de seu triciclo. O afiador de facas e tesouras, o realejo, o padeiro, cada um tinha seu som específico, sua vinheta, seu bordão, em um tempo em que poucas casas tinham campainha ou telefone, e as visitas batiam palmas na porta para anunciar sua, quase sempre, inesperada chegada.<br /><br />O gelo não era diferente. As geladeiras, em sua maior parte, não faziam uso direto da engenharia, da termodinâmica, do ciclo frigorífico. E havia uma gaveta, na parte inferior, onde se depositava a barra de gelo. A aparência era de geladeira. Mas era apenas uma caixa isotérmica, como se fosse uma caixa de isopor com gelo dentro. De manhã, antes ainda do verdureiro que vinha do Marapé, com sua carroça puxada a cavalo, passava o caminhãozinho do gelo. Com uma proteção de borracha preta na mão, o entregador pegava uma barra enorme de gelo, abria o portãozinho, passava pelo jardim e, gritando "geleeeeirô", a impulsionava para deslizar pelo corredorzinho lateral até o fundo do quintal, onde estava a porta da cozinha.<br /><br />Muita coisa mudou. Novas tecnologias foram desenvolvidas. Mais que as novas tecnologias, no entanto, são novas as regulações, impostas por governos autoritários e autoridades corruptas, que estão provocando as mudanças nas padarias, nas quitandas, nos postos de gasolina, na agricultura, inviabilizando as empresas familiares e, com isso, transferindo já não renda, mas patrimônio, das pessoas físicas, das famílias, para as corporações multinacionais ou para as "redes mafiosas" que dominam o varejo.<br /><br />Uma caríssima embalagem "longa vida" não conseguiria competir, no mercado brasileiro, com tanto e generalizado sucesso, contra o leite refrigerado em saquinhos plásticos, se não houvesse uma cumplicidade criminosa do aparelho regulatório. A parte mais visível é a liberação de aditivos químicos para o leite longa vida. A parte mais incrível é supor que colocar aditivo no leite é progresso científico, quando o óbvio é que progresso tecnológico, de verdade, seria fazer chegar leite fresco, sem aditivos nem contaminantes, de alto valor nutritivo, não para alguns, mas para todos. Isso sim seria inteligência e progresso.<br /><br />Essa mudança regulatória, no mundo dos "leites", responde pela extinção de vastas frações da classe média, ao inviabilizar as empresas familiares em favor de tecnologias e insumos desnecessariamente importados, em favor de cadeias de supermercados - tudo contra o padeiro, tudo contra a geração de empregos, contra a justiça social, a cidadania e os direitos do consumidor. Enfim, se as leiterias já não vendem leite, também as padarias já não venderão pão.<br /><br />É que, depois do leite, também o pão passou a sofrer o mesmo processo. Mães cuidadosas compram pacotes de bisnaguinhas, no supermercado, para seus filhinhos. Tudo muito cômodo, tudo aparentemente muito fofo, muito higiênico, muito saudável e muito moderninho. Talvez julgando que esses pães são construídos por alguma subsidiária da Microsoft, não se perguntam como é que um pãozinho logra permanecer macio durante três semanas ou mais. E sem embolorar.<br /><br />Todo pão recebe adição de enzimas. Uma delas é a alfa-amilase, produzida por bactérias transgênicas, verdadeiras bio-usinas industriais, ajeitadas geneticamente para fabricar enzimas. No queijo não é diferente. Todo queijo que está no mercado, praticamente todo, é fabricado com enzimas transgênicas, em substituição ao coalho tradicional. Nada disso consta em nenhum rótulo. Nenhum consumidor sabe disso. O que o consumidor fica sabendo, pelos rótulos, é que batatinha palha, com 48,5% de gordura, é zero trans.<br /><br />A crise do leite adulterado vem sendo enfocada, pela mídia e pela polícia, como resultado de atos de malfeitores estereotipados, de personagens bizarros de alguma Gothan City, de forma maniqueísta e espetacularesca, mas alienante, emburrecente e simplória. A crise do leite não é do mundo da saúde pública. Ela é do mundo financeiro. Ela é um fenômeno concorrencial, onde dois modelos de país estão em conflito.<br /><br />Para entender o fenômeno, melhor que estudar metodologia analítica para determinação laboratorial de resíduos de peróxido de hidrogênio ou hidróxido de sódio, mais pedagógico seria olhar para a ANP, para a Anatel, para o Denatran, para a Anvisa e seus dois novos dirigentes que foram ministros e deputados do PMDB e do PCdoB. Ou, para que mesmo um ex-ministro, um ex-deputado, haveria de cobiçar um carguinho técnico, obscuro e mal pago como esses ?<br /><br />_________________________________<br /><br /><em>Luiz Eduardo R. de Carvalho, engenheiro de alimentos, é professor da UFRJ (lec@infolink.com.br). </em>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-61596605574318098592008-07-20T19:34:00.000-07:002008-07-20T19:55:58.111-07:00Artigo da Leite Brasil + Comentários do Prof. LE Carvalho<div align="left">Leia o artigo original do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite sobre a adulteração do leite em <strong>preto</strong>... e os comentários do Prof. LE Carvalho em <span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>azul</em></strong></span>.</div><div align="left"></div><div align="center">************************</div><div align="right"><em></em> </div><div align="right"><em>Folha de São Paulo, 15 de novembro de 2007.</em></div><div align="right"><em></em> </div><div align="right"><em></em> </div><div align="left"></div><div align="left"></div><div align="center">TENDÊNCIAS/DEBATES</div><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">O bem e o mal da Operação Ouro Branco</span></strong></div><br /><br /><div align="right">JORGE RUBEZ</div><br /><strong>Não é justo a maioria ter o nome manchado pela ação irresponsável de alguns. O setor de leite está pagando um preço muito alto</strong><br /><br />A FRAUDE no leite em duas cooperativas mineiras gerou especulações e colocou em xeque a produção brasileira, como se todo o nosso leite estivesse fraudado. A Operação Ouro Branco, deflagrada pela Polícia Federal, trouxe reflexão ao mercado lácteo e também às autoridades sanitárias brasileiras. O comunicado conjunto do Ministério da Agricultura e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, confirmou nossas declarações de que se trata de uma fraude de natureza econômica que representa uma parte insignificante do leite processado no país.<br /><br /><u>A legislação brasileira não permite a adição de soro ao leite nem os produtos químicos utilizados pelas duas cooperativas acusadas, Coopervale e Casmil</u>. Os fraudadores, além de presos, precisam ser investigados, indiciados, julgados e, se realmente culpados, devem ser condenados na forma da lei.<br /><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>Pois é, mas praticamente todos os "derivados lácteos prontos para beber", os leites achocolatados, os toddinhos para crianças, os iogurtes líquidos, são basicamente soro.Aí não há adição de soro ao leite. Muito pelo contrário, um pouco de leite, mas leite em pó, é que é adicionado ao soro.</em></strong></span><br /><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>A legislação brasileira, é verdade, não permite adição de água oxigenada e soda cáustica. Mas permite soda cáustica em outros alimentos. E água oxigenada é permitida no leite, na França (cuja fervura, ou pasteurização prejudicaria a qualidade de alguns queijos).</em></strong></span><br /><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>O que não é permitido, na Europa, é adicionar um único desses três aditivos que no Brasil são largamente autorizados e adicionados no leite em caixinha: citrato de sódio, tripolifosfato de sódio e o fosfato trissódico.<br />O autor ficou devendo algumas explicações: </em></strong></span><br /><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>1. Por que a Parmalat não usa esses aditivos nos EEUU ?</em></strong></span><br /><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>2. Por que a Parmalat oferece um prazo de validade 50% maior nos EEUU (6meses lá, contra 4 meses aqui), mesmo sem utilizar, lá, os três aditivos que nos obriga a beber aqui ?</em></strong></span><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em></em></strong></span><br /><span style="font-family:arial;color:#000099;"><strong><em>3. Qual a diferença funcional, no leite, entre esses três sais sódicos e a soda cáustica ? (o que eles falam e escrevem não é o que consta da bibliografia científica internacional, nem dos instrumentos regulatórios recomendados pelo Codex Alimentarius FAO/WHO).</em></strong></span><br /><strong><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></strong><br /><u>A qualidade do leite resultante da ordenha não pode ser melhorada, mas apenas conservada com o resfriamento</u>. Portanto, não é verdade que a fraude de adição de produtos químicos efetuada pelas cooperativas mineiras era necessária para corrigir a qualidade do leite entregue. O processo de mistura dos ingredientes químicos no leite tinha como <u>objetivo principal "mascarar</u>" o resultado das análises que os compradores do leite das duas cooperativas faziam quando recebiam os produtos em suas plataformas.<br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>Isso é uma falácia, um joguinho de palavras cheia de contradições...</em></span></strong><br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>E´ óbvio que a adição de água oxigenada é para MELHORAR a qualidade do leite que vai ser analisado. A preocupação não é com o leite que será bebido. Mas com o leite que será analisado. E, isso, portanto é sinônimo. MELHORAR a qualidade do leite, os quesitos que serão objeto de inspeção, é sinônimo de MASCARAR. Esse argumento é que está muito mal MASCARADO.</em></span></strong><br /><strong><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></strong><br />O monitoramento da <u>qualidade do leite é uma obrigação de rotina dos órgãos de inspeção e de saúde pública, e não um espasmo</u> que ocorre só na hora em que surge uma crise e brotam por todos os cantos do país os oportunistas de sempre com análises de última hora.<br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>Isso não existe. E´ impossível fiscalizar cada litro de leite, pelo Brasil afora, todos os dias. Quem tem obrigação de garantir leite de qualidade são as indústrias. Elas é que podem melhor inspecionar seus fornecedores de matéria prima. Elas é que podem criar mecanismos de certificação de qualidade, como já existe para o Café (selo da ABIC) e para os derivados de amendoim (selo da ABIAM).</em></span></strong><br /><strong><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></strong><br />Em 2004, as entidades representativas dos produtores de leite e das indústrias celebraram com o Ministério da Agricultura um termo de cooperação técnica, com o objetivo de combater as fraudes em produtos lácteos.<br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>Essa cooperação é da mesma natureza que as empresas aéreas estabeleceram com a ANAC e com o Zuanazzi e seus co-Diretores.</em></span></strong><br /><strong><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></strong><br />O próprio setor privado financiou as despesas para sua execução. Foi quando os <u>casos de fraude por adição de soro atingiram índices próximos de zero</u>. Infelizmente, tudo se perdeu na burocracia governamental e na Justiça.<br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>Esse é o ponto. O problema não está na adição de soro e soda cáustica. A mãe de todas as fraudes é adição de soro. Aliás, o mesmo soro que está sendo adicionado em todos os produtos lácteos das grandes indústrias.</em></span></strong><br /><br /><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;"><em>O leite em caixinha vem com três aditivos não permitidos na Europa e nos EEUU. Os derivados lácteos, substitutivos do leite, mas prontos para beber, quando produzidos pelos fabricantes dos leites em caixinha, vêm lotados de soro, vêm como soro como ingrediente principal. Ou seja, adicionar soro e colocar porcaria no leite... isso é vedado apenas aos pequenos produtores e suas cooperativas. E, assim, monopolizar mercados não é decorrência da eficiência e da produtividade, nem mesmo da ciência ou da tecnologia, mas decorrência de barreiras regulatórias corruptamente construídas.</em></span></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />Os maiores interessados na qualidade do leite são os produtores e a indústria, que têm consciência de suas responsabilidades em relação à segurança alimentar.<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;color:#000099;">Sim... só falta eles convencerem a União Européia e a FDA... que é preciso colocar aqueles três aditivos no leite em caixinha, para melhorar ainda mais a segurança alimentar nos paises desenvolvidos.</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />O Brasil se tornou exportador de lácteos principalmente pela qualidade de seus produtos, reconhecida pelos mais de cem países importadores que visitam periodicamente nossas fábricas para verificar o cumprimento de suas exigências, que superam em muito as da legislação brasileira.<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;color:#000099;">Falemos objetivamente: a União Européia aceita importar leite brasileiro, em caixinha, com aqueles três aditivos dentro ? Cada parágrafo é uma fraude. Quem escreve isso... produz leite. O debate sobre a fraude do leite é também uma fraude.</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />O setor conseguiu, há cinco anos, a aprovação das novas normas de qualidade. A instrução normativa 51 é uma proposta que veio de baixo para cima e levou dois longos anos de discussão e <u>convencimento</u> para que o governo transformasse em lei.<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;color:#000099;">Muito bom. O autor enfim confessa que foram os produtores quem escreveram a regulação vigente. Os produtores não, mas um grupo de produtores. E´ o usual. Faz mais de 30 anos que testemunho isso: as minutas de regulações chegam, para análise, nas comissões ministeriais, no INMETRO, no Ministério da Saúde, em papel timbrado das associações de fabricantes. Eu tenho várias arquivadas aqui na minha casa. E muito caso pra contar.</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />Daí nasceu o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite, que transformou a pecuária leiteira e permitiu a uma parte expressiva do leite brasileiro alcançar padrão de qualidade igual ou superior ao produzido na União Européia.<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;color:#000099;">Ridículo: esse leite em caixinha, da Parmalat, iria todo para o ralo, na Europa. E´ proibido importar leite com aditivo. E o nosso tem não um, mas três aditivos.</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />Uma das exigências da instrução normativa 51 é a de que o leite fosse resfriado na propriedade e transportado a granel em tanques isotérmicos, sistema já implantado pela iniciativa privada, hoje presente na maioria das propriedades leiteiras.<br /><br /><em><strong><span style="font-family:arial;color:#000099;">E´ o de sempre. Vender hamburger contendo soja transgênica, contendo resíduos de hormônios e antibióticos, com percentuais elevadíssimos de gorduras saturadas, isso está liberado, desde que seja frito em lanchonetes high-tech, transferindo patrimônio das empresas familiares para as grandes corporações.</span></strong></em><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br />A instrução normativa 51 também ajudou o Brasil a ser auto-suficiente na produção e a dar um salto na qualidade do leite, possibilitando aos produtores receberem o pagamento do produto de acordo com seus índices de aprimoramento técnico.<br /><br />O setor de leite está pagando um preço muito alto pela ação de uma minoria. Não é justo que indústrias e cooperativas idôneas -que são a maioria-, comprometidas com a produção de lácteos de qualidade, tenham seus nomes e marcas manchados por ações irresponsáveis de alguns. Se houver queda no consumo pela insegurança da população, infelizmente, quem mais sofrerá será o produtor, certamente o elo mais fraco da cadeia.<br /><br />Se a inspeção federal repensar e modernizar seus métodos de fiscalização e se os fraudadores realmente forem condenados pelos seus atos ilícitos, não haverá mais a certeza da impunidade que os motiva. Está passando da hora de o Ministério da Agricultura e a Anvisa virem em rede nacional fazer os devidos esclarecimentos para tranqüilizar o consumidor, as empresas e os nossos mais de 1,3 milhão de produtores de leite.<br /><br /><strong><em><span style="font-family:arial;color:#000099;">Isto não merece nem comentário. Ler isto é o mesmo que ouvir o Lula falando que é contra um terceiro mandato. O assunto nem precisava ser leite... para se perceber que vagabundo está é querendo mamar.</span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000099;"></span></em></strong><br /><strong><em><span style="font-family:Arial;color:#000000;">________________________________________________</span></em></strong><br /><br />JORGE RUBEZ, 71, engenheiro civil, produtor de leite, é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite - Leite Brasil. <a href="mailto:leitebrasil@leitebrasil.org.br">leitebrasil@leitebrasil.org.br</a>Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-53014667094986442008-07-19T05:53:00.000-07:002008-07-20T20:00:39.380-07:00Artigo do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite sobre a adulteração do leite<div align="right">Folha de São Paulo, 15 de novembro de 2007.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"> </div><div align="center"> </div><div align="center">TENDÊNCIAS/DEBATES</div><br /><br /><br /><div align="center"><strong><span style="font-size:180%;color:#333333;">O bem e o mal da Operação Ouro Branco</span></strong></div><br /><div align="right"><br />JORGE RUBEZ</div><br /><br /><br /><strong>Não é justo a maioria ter o nome manchado pela ação irresponsável de alguns. O setor de leite está pagando um preço muito alto</strong><br /><br /><br />A FRAUDE no leite em duas cooperativas mineiras gerou especulações e colocou em xeque a produção brasileira, como se todo o nosso leite estivesse fraudado. A Operação Ouro Branco, deflagrada pela Polícia Federal, trouxe reflexão ao mercado lácteo e também às autoridades sanitárias brasileiras. O comunicado conjunto do Ministério da Agricultura e da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, confirmou nossas declarações de que se trata de uma fraude de natureza econômica que representa uma parte insignificante do leite processado no país.<br /><br /><br />A legislação brasileira não permite a adição de soro ao leite nem os produtos químicos utilizados pelas duas cooperativas acusadas, Coopervale e Casmil. Os fraudadores, além de presos, precisam ser investigados, indiciados, julgados e, se realmente culpados, devem ser condenados na forma da lei.<br /><br /><br />A qualidade do leite resultante da ordenha não pode ser melhorada, mas apenas conservada com o resfriamento. Portanto, não é verdade que a fraude de adição de produtos químicos efetuada pelas cooperativas mineiras era necessária para corrigir a qualidade do leite entregue. O processo de mistura dos ingredientes químicos no leite tinha como objetivo principal "mascarar" o resultado das análises que os compradores do leite das duas cooperativas faziam quando recebiam os produtos em suas plataformas.<br /><br /><br />O monitoramento da qualidade do leite é uma obrigação de rotina dos órgãos de inspeção e de saúde pública, e não um espasmo que ocorre só na hora em que surge uma crise e brotam por todos os cantos do país os oportunistas de sempre com análises de última hora. Em 2004, as entidades representativas dos produtores de leite e das indústrias celebraram com o Ministério da Agricultura um termo de cooperação técnica, com o objetivo de combater as fraudes em produtos lácteos. O próprio setor privado financiou as despesas para sua execução.<br /><br /><br />Foi quando os casos de fraude por adição de soro atingiram índices próximos de zero. Infelizmente, tudo se perdeu na burocracia governamental e na Justiça.<br /><br /><br />Os maiores interessados na qualidade do leite são os produtores e a indústria, que têm consciência de suas responsabilidades em relação à segurança alimentar. O Brasil se tornou exportador de lácteos principalmente pela qualidade de seus produtos, reconhecida pelos mais de cem países importadores que visitam periodicamente nossas fábricas para verificar o cumprimento de suas exigências, que superam em muito as da legislação brasileira.<br /><br /><br />O setor conseguiu, há cinco anos, a aprovação das novas normas de qualidade. A instrução normativa 51 é uma proposta que veio de baixo para cima e levou dois longos anos de discussão e convencimento para que o governo transformasse em lei. Daí nasceu o Programa Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite, que transformou a pecuária leiteira e permitiu a uma parte expressiva do leite brasileiro alcançar padrão de qualidade igual ou superior ao produzido na União Européia.<br /><br /><br />Uma das exigências da instrução normativa 51 é a de que o leite fosse resfriado na propriedade e transportado a granel em tanques isotérmicos, sistema já implantado pela iniciativa privada, hoje presente na maioria das propriedades leiteiras.<br /><br /><br />A instrução normativa 51 também ajudou o Brasil a ser auto-suficiente na produção e a dar um salto na qualidade do leite, possibilitando aos produtores receberem o pagamento do produto de acordo com seus índices de aprimoramento técnico.<br /><br /><br />O setor de leite está pagando um preço muito alto pela ação de uma minoria. Não é justo que indústrias e cooperativas idôneas -que são a maioria-, comprometidas com a produção de lácteos de qualidade, tenham seus nomes e marcas manchados por ações irresponsáveis de alguns. Se houver queda no consumo pela insegurança da população, infelizmente, quem mais sofrerá será o produtor, certamente o elo mais fraco da cadeia. Se a inspeção federal repensar e modernizar seus métodos de fiscalização e se os fraudadores realmente forem condenados pelos seus atos ilícitos, não haverá mais a certeza da impunidade que os motiva. Está passando da hora de o Ministério da Agricultura e a Anvisa virem em rede nacional fazer os devidos esclarecimentos para tranqüilizar o consumidor, as empresas e os nossos mais de 1,3 milhão de produtores de leite.<br /><br />______________________________<br /><br /><em>JORGE RUBEZ, 71, engenheiro civil, produtor de leite, é presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite - Leite Brasil. </em><a href="mailto:leitebrasil@leitebrasil.org.br"><em>leitebrasil@leitebrasil.org.br</em></a>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-30916754394897091652008-07-14T18:02:00.000-07:002008-07-14T18:25:41.230-07:00Saúde: Leite pasteurizado x UHT.A vantagem do processo de pasteurização é que todo microorganismo causador de doença é destruído e ainda, bactérias benéficas sobrevivem ilesas ao aquecimento de apenas 72°C por 15 segundos, resfriado em seguida, com prazo de validade de 5 dias.<br />Já no processo UHT (temperatura ultra-alta), não resta bactéria alguma, seja boa, seja má. O calor (150°C por 2 à 4 segundos) modificar as proteínas, prejudicando o processo da digestão do leite, a perda de vitaminas (B2, B12 e D), assim como os lactobacilos (que afastam o risco de tumores no cólon). E a versão pasteurizada, preserva tais qualidades.<br />O método UHT (4 meses de conservação e embalagem especial com seis camadas, sendo um de alumínio), destrói ainda a lisina, um aminoácido essencial, responsável pela reparação dos tecidual.<br />Deve-se ressaltar, no entanto que o leite não é a fonte principal de vitaminas, mas sim de cálcio e fosfato. Sendo que o primiro é imobilizado pela ação da soda cáustica utilizada nas fraudes recentemente reveladas.Unknownnoreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-28890804415815463912008-07-14T17:53:00.000-07:002008-07-14T18:01:38.312-07:00Anvisa e qualidade do leiteA Agência Nacional de Vigilância Sanitária estruturou um sistema de monitoramento da qualidade do leite. Em vigor desde junho, o Centro Integrado de Monitoramento da Qualidade do Leite (Cquali).<br />A Cquali integra o trabalho de órgãos da vigilância sanitária estaduais e municipais, do Ministério da Agricultura e do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), vinculados ao Ministério da Justiça.<br />A vigilância sanitária fará os testes de qualidade do leite vendido no comércio, assim como dos fornecedores primários, com vínculo à laboratórios de Universidades Federais, como a de Minas Gerais (UFMG) e de Viçosa (UFV)., assim como da Embrapa.Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1024996181035451011.post-75627661497898702222008-07-14T16:41:00.000-07:002008-07-14T17:44:28.345-07:00Suspeitas de adição de subsâncias suscitam a pergunta: é seguro tomar leite?O escândalo veio à tona após a operação da Polícia Federal, ironicamente denominada "Ouro Branco", que desarticulou uma quadrilha acusada de batizar, ou seja, adulterar o leite.<br />Com o intuito de aumentar o volume e o tempo de concervação do produto, adicionava-se soda cáustica e água oxigenada, além do soro de leite e sacarose no alimento.<br />O leite ao se deteriorar torna-se ácido, em razão da ação das bactérias que transformam a lactose, o açúcar natural do leite, em ácido lático. E esse processo é beneficiado na ausência de refrigeração, fato comum no processo de produção do alimento, que vai desde a ordenha nos currais, o transporte à usina, onde ocorre seu beneficiamento.<br />Dos produtos utilizados na fórmula criminosa, destaca-se a soda cáustica, alcalina, que ocasionalmente é usado para desobstrução de encanamentos. Ela neutraliza a acidez causada pelas bactérias. Já a água oxigenada, um solvente orgânico inflamável, tem ação bactericida.<br />Nas concentrações encontradas, a soda cáustica é totalmente neutralizada pelo ácido gástrico produzido no estômago. E a água oxigenada, por ser muito instável, é rapidamente decomposta em oxigênio e água, portanto, também inofensiva a saúde.Unknownnoreply@blogger.com5